Entrevista: ``Papo Plus´´ com DJ Eduardo Brava
Bom dia!
Olha preciso confessar que tem sido muito gratificante realizar esse especial de entrevistas que venho realizando aqui no Soundplus.
Daqui um mês completamos 7 anos no ar, e como isso é especial, não poderia faltar um dos 12 primeiros DJ´s parceiro do mesmo né?
Sim, estou falando dele mesmo, dono da #pegadaBrava! Estou falando do DJ e Produtor Eduardo Brava, está no Soundplus desde 2011, ele é uma das pessoas responsáveis pelo o sucesso do Soundplus, explico, quando o blog começou, ele sempre me apoiou, aconselhou e me orientou para que eu não desistisse jamais, e hoje aqui estamos não é?
O Eduardo, é pra mim um exemplo, referência, inspiração , o considero um vencedor, sei de suas lutas e se hoje ele está onde está é porque mereceu, nunca perdeu sua essência, nunca deixou de ser ele mesmo e sempre se manteve humilde.
Por eu ser fã, de verdade, posso falar? Me sinto `` o cara´´ entrevistando ele quase 5 anos depois.
Para esse papo, faço questão de nem editar as respostas do Eduardo porque esse menino além de Dj é palhaço nas horas vagas, então confira o Papo sem cortes e proibido para menores de 18 anos. (rs)!
Entrevista:
Soundplus: Qual é o seu nome verdadeiro e o de DJ? Tem quantos anos? Mora em qual cidade?
Eduardo Brava: - Olha, já começa com uma pergunta intimidadora. Posso falar que meu nome verdadeiro é Eduardo, e o de DJ, Brava! Se tem uma coisa que não revelo é o nome verdadeiro para ninguém (respondendo rindo muito aqui). Tenho 25 anos, paulista, mas moro há quase 2 anos na Cidade Maravilhosa.
Soundplus: Em que ano iniciou a sua carreira?
Eduardo Brava: Estreei oficialmente em 13 de Dezembro de 2010. São quase 7 anos de carreira.
Soundplus: Qual é o seu estilo?
Eduardo Brava: Meu estilo é House, com pegada Progressiva, Tribal, uma pitada de Latin. A #pegadaBRAVA é quase universal.
Soundplus: Quem te inspirou e ainda inspira?
Eduardo Brava: Geralmente nessa pergunta de inspirações, a gente responde com ídolos internacionais, mas eu vou responder com pessoas que conheci e que foram a minha base: DJs Rodrigo Madu & Hammer, ambos de São Paulo, meus dois grandes professores que me mostraram o que eu tinha que fazer. Bastou eu querer aprender e treinar para iniciar o que sou hoje.
Soundplus: Como você enxerga a cena atual?
Eduardo Brava: Se pararmos para analisa, o tribal/progressivo (que nunca morreu) voltou com força: vocais maravilhosos, synths fortes e marcantes, muitos houses progressivos estão com percussões maravilhosas. Tivemos uma onda muito forte quando o Big Room (EDM/Tomorrowland) surgiu com força e parecia que nunca sairíamos dele. Quem se arriscou jogando de lado o bom e velho tribal/progressivo, ou teve que voltar ou mudou para outra vertente. Agradeço por ter continuado acreditando no meu som.
Soundplus: O que precisa melhorar na cena hoje que no passado ou quando você começou já existia?
Eduardo Brava: Acho que não só na nossa cena, como em qualquer outro trabalho: a inveja. Dá para contar nos dedos quem realmente torce por ti, te apoia, está contigo te dando forças. Mas há também aqueles que, por trás, são completamente diferentes. É muito triste levar uma punhalada nas costas por quem você menos imagina. A única coisa que podemos fazer é se defender e responder com trabalho, afinal, não tem coisa melhor do que você se sobressair fazendo o contrário de quem quis te apunhalar.
Soundplus: Um blog como o Soundplus ajuda o Dj?
Eduardo Brava: Ajuda e muito. Toda forma de divulgação é válida. Não é à toa que estamos juntos há tanto tempo, mas ainda não aconteceu o nosso encontro pessoalmente.
Soundplus: Você tem outra profissão?
Eduardo Brava: Apesar de não atuar na minha primeira profissão, sou formado em Informática pelo SENAI. Trabalhei como professor por 3 anos na Paulista. Basicamente, aplico tudo que eu sei nos meus trabalhos. É muito bom saber de tudo um pouco e saber se virar.
Soundplus: Qual é o seu maior sonho?
Eduardo Brava: Levar meu som cada vez mais longe. Aliado à isso, uma viagem internacional.
Soundplus: Você acha negativo o Funk estar invadindo a cena eletrônica? Explique brevemente sua visão.
Eduardo Brava: Sou suspeito para falar sobre esse assunto. É um assunto que merece ser debatido com detalhes. Eu mesmo, em meus trabalhos, envolvo o funk. Querendo ou não, independente do estilo, tudo é música, e eu trabalho com MÚSICA. Obviamente, também tenho meus gostos pessoais, tem coisas que não gosto de ouvir, que não insiro em meu trabalho, mas se eu ouço uma música, gosto e sinto que ela pode virar na pista, eu vou levar sim, do mesmo jeito que tem coisas que ouço e falo “Não vou tocar isso”. Isso é a identidade. Obviamente, tocamos para a pista, quem manda 99% é ela, mas aquele 1%, é o DJ que manda, inserindo sua pegada própria, estilo e sonoridade.
No final, não acho negativo, dependendo do funk, da letra, do que ele se propõe a passar. Para mim, há muitos fatores a se considerar para levar um funk para a pista. Seria um assunto completo para debatermos.
Soundplus: A música para você é...
Eduardo Brava: A minha alma que encontrou uma forma de se expressar e se libertar. Música é sentimento, minha alma sente tudo, e ela precisa ser ouvida de alguma forma.
Soundplus: Qual foi a música que mais te marcou e ainda marca até hoje?
Eduardo Brava: São tantas músicas. Uma que marcou muito e que eu toco até hoje é Beautiful People Say da Sia, na minha versão com Sing2Me do Thomas Gold. É uma música que consegue uma paz na pista, misturada com uma euforia tão grande. Não dá para explicar; é mágico sempre que toco.
Soundplus: Um conselho para quem está começando.
Eduardo Brava: Leve a sério essa profissão que muitos usam como trabalho. Assim como qualquer trabalho, ser DJ é aprender e aperfeiçoar a técnica. Exige tempo, paciência, dedicação, AMOR. Se você não ama o que está fazendo, não conseguirá entregar um bom trabalho. Ame tocar, ame o estilo que você escolheu, ame o que está fazendo.